Comunidade Internacional condena Golpe de Estado no país
O coronel do exército Assimi Goita assumiu a liderança dos destinos do Mali, autointitulando-se Presidente do Comité Nacional para a Salvação do Povo, que na terça-feira derrubou o Governo do presidente Ibrahim Boubacar Keita.
Goita afirmou que assumiu o dever de se reunir com os vários secretários-gerais para lhes assegurar o "apoio à continuidade dos serviços do Estado."
O golpe de Estado no Mali recebeu o repúdio da Comunidade Internacional. O Conselho de Segurança da ONU condenou a ação que classificou de "motim militar" e exortou os amotinados a libertarem os detidos e a voltarem para os quartéis.
A União Africana suspendeu a adesão do Mali, na quarta-feira, e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), suspendeu o Mali, fechou as fronteiras e suspendeu os fluxos financeiros.
Nas ruas de Bamako, a população divide-se.
Uma maliana afirma que "havia um caos total no país, por isso a população gritou e pediu ao chefe de Estado Ibrahim Boubacar Keita que ouvisse o seu povo. Ele não quis e por isso o exército interveio. Por isso, a CEDEAO deve permanecer calma pois é um problema do Mali, será resolvido internamente e não externamente".
Já outro maliano condena o golpe de Estado, "porque não vai fazer avançar o país. Quando o exército vem, promete muitas coisas, mas nada acontece de acordo com as regras".