Eslovaco morre na Bélgica depois violenta ação policial

Eslovaco morre na Bélgica depois violenta ação policial
Direitos de autor Charleroi Police CCTV via AP
De  Ricardo Borges de Carvalho com AFP
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Caso aconteceu em 2018 depois do homem ter sido subjugado por seis agentes numa cela do aeroporto de Charleroi. Viúva divulgou agora as imagens na esperança de acelerar a investigação ao caso

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O caso aconteceu em fevereiro de 2018, no aeroporto belga de Charleroi, mas as imagens só agora foram dadas a conhecer ao mundo pela viúva de Jozef Chovanec. Um eslovaco, de 38 anos, que morreu no hospital dias depois desta violenta intervenção policial.

Na altura foi aberto um inquérito para se apurar o que aconteceu, mas dois anos depois, não há conclusões. A família de Chovanec espera que ao divulgar as imagens de videovigilância, o processo avance e se conclua a investigação.

Ann Van De Steen, advogada da viúva de Jozef Chovanec diz que a cliente "quer saber o que aconteceu e como morreu o marido. E também que ações poderiam ter sido tomadas para evitar tudo isto, porque as imagens mostram uma onda de agressões."

Jozef Chovanec estava prestes a embarcar num voo para Bratislava quando foi detido e colocado numa cela devido a comportamento agitado. Após várias horas de isolamento, começou a bater com a cabeça nas paredes até sangrar. Nessa altura seis agentes entraram na cela, agrediram o homem e uma agente chegou, por breves instantes, a fazer a saudação nazi. Um dos polícias esteve 16 minutos em cima caixa torácica do detido.

Chocado com estas revelações, o Comandante Adjunto da Polícia Federal belga, André Desenfants, anunciou que vai abandonar as funções enquanto decorre uma investigação interna. 

O número dois da polícia belga diz que o que lhe "chocou primeiro foram as imagens que vi e das quais não tinha conhecimento. Não fujo às minhas responsabilidades, nunca o farei e não me demito. Pedi que fosse interrompido o meu mandato de forma temporária porque me sinto impedido de o exercer neste caso.”

Depois destas revelações, a Amnistia Internacional e o governo eslovaco já instaram as autoridades belgas a que haja "uma investigação exaustiva" ao caso.

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