Sviatlana Tsikanouskaya, mostra-se determinada em ir até onde for preciso para forçar Lukashenko a negociações.
Os protestos na Bielorrússia parecem ter chegado para ficar enquanto Aleksandr Lukashenko não ceder. Aquela que é agora vista como líder da oposição, Sviatlana Tsikanouskaya, mostra-se determinada em ir até onde for preciso para forçar o presidente a negociações e sem a intervenção russa enquanto aliada do chefe de Estado.
Sviatlana Tsikanouskaya:
As pessoas estão em greve, estão a fazer manifestações todos os dias e temos certeza que não vamos parar até que as autoridades se afastem porque a nossa sociedade já não está disponível para obedecer a um ditador. A nossa sociedade não é capaz de perdoar e esquecer tudo, os crimes que eles cometeram, continuaremos até vencermos.
Salako Tokunbo, euronews:
E porque não envolver o Kremlin?
Sviatlana Tsikanouskaya:
A Rússia é nossa vizinha e temos uma relação maravilhosa com a Rússia, mas entendemos que o nosso protesto, o protesto do povo bielorrusso, acontece dentro do nosso país. É um problema que o povo bielorrusso precisa resolver. Mas se precisarmos de alguma mediação internacional, nesta negociação, todos os países, incluindo a Rússia, estão convidados.
Salako Tokunbo, euronews:
Pediu, repetidamente, o diálogo com Aleksandr Lukashenko, se pudesse enviar-lhe uma mensagem, hoje, o que é que lhe diria?
Sviatlana Tsikanouskaya:
Pedir-lhe-ia que ouça o seu povo, que ouça a vontade do seu povo e que compreenda que já não queremos viver com ele. Afaste-se e deixe o país existir sem ele. Isso é possível e deve ser feito.