Julgamento dos suspeitos do Massacre de Charlie Hebdo começa esta quarta-feira

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Cinco anos depois, 14 suspeitos de estarem envolvidos nos ataques que duraram três dias em Paris vão ser julgados

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Começa esta quarta-feira, dia 2 de setembro, o julgamento dos suspeitos de estarem envolvidos no Massacre de Charlie Hebdo.

Perante o juiz vão estar 14 homens, acusados de estar por detrás dos ataques que começaram no edifício do jornal satírico francês.

A 7 de janeiro de 2015, 11h30 da manhã, os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, encapuzados, vestidos de preto e armados com Kalashnikov, entraram nas instalações do semanário Charlie Hebdo. Dispararam mortalmente contra os principais os membros da equipa editorial, incluindo quatro cartoonista. Testemunhas dizem que os disparos foram feitos "um a um", como que a cumprir uma lista de nomes. Durante os tiros, os irmãos Kouachi gritavam "Allah Akbar", "Deus é grande". 

Os atiradores fugiram num carro, enquanto gritavam que tinham "vingado o profeta". Agiram pela AlQaeda. No total morreram 12 pessoas.

Na manhã seguinte, outro ataque, em Montrouge. nos arredores de Paris.

Amedy Coulibaly, francês muçulmano, membro do Estado Islâmico, matou a tiro uma agente da polícia. Conseguiu escapar.

A hipótese de um ataque coordenado é imediatamente considerada. No dia seguinte, o mesmo homem invade um supermercado e faz vários reféns. Dispara contra quatro deles. O ataque termina depois da polícia entrar pela loja e disparar contra Coulibaly. 

Alguns dias depois é publicado um vídeo que confirma a coordenação de ambos os atentados e a ligação dos três terroristas. Durante os três dias, morreram 17 pessoas.

Mais tarde soube-se que os irmaos Kouachi conheciam bem o responsável pelo segundo atentado, o qual estava associado ao Estado Islâmico.

Os principais suspeitos do ataque a Charlie Hebdol continuavam em fuga. Seguiu-se uma autêntica caça ao homem. No terreno estiveram mais de 80 mil policias. Foram reviradas ruas inteiras, apartamentos, todos os lugares onde os irmãos Kouachi pudessem estar. Acabaram por ser encontrados. Morreram numa troca de tiros com a polícia.

O massacre de Charlie Hebdol durou três dias, levantou o debate sobre o dieito à liberdade de imprensa. Em Paris, milhões de pessoas condenaram o terrorismo em várias manifestações. No mundo, outros milhões eternizaram a frase:  _Je suis Charlie, "_Eu sou Charlie".

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