Guerra aberta entre Berlim e Moscovo

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Direitos de autor Pavel Golovkin/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Nara Madeira com AP, AFP
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Alemanha fala em possíveis sanções contra Moscovo, que envolvem o gasoduto Nord Stream 2. Rússia pede provas do envenenamento de Navalny.

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Guerra aberta entre Berlim e Moscovo. A um jornal alemão o chefe da Diplomacia germânica afirmava que "fazer ultimatos não ajuda ninguém mas, se nos próximos dias" a Rússia "não ajudar a esclarecer o que aconteceu a Alexeï Navalny" terá de ser discutida uma resposta com os parceiros europeus. Uma tomada de posição que acontece quando a Alemanha preside à União Europeia. 

As sanções, esclarecia Heiko Maas, terão de ser "direcionadas" e não exclui, de todo, um impacto sobre o projeto do gasoduto Nord Stream 2, entre a Rússia e a Europa, projeto que está em fase de conclusão. Na quinta-feira, o chefe da Diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, tinha falado em possíveis sanções.

O Presidente da Câmara Médica Nacional da Rússia, Leonid Roshal, mostrava uma posição, de alguma forma, conciliadora dizendo que é preciso reunir, "com tranquilidade", representantes e especialistas da Rússia e peritos em toxicologia da Alemanha para discutir se Navalny foi envenenado, garantindo que se "for descoberto que isso aconteceu é necessário abrir um processo de investigação criminal na Rússia".

Ceticismo foi a palavra usada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo. Sergey Lavrov, já esta semana, pedia a Berlim que fornecesse provas do envenenamento. 

Já a porta-voz da Diplomacia russa questionava se a Alemanha está a atrasar, deliberadamente, o processo de investigação, que ela própria defende ao concluir que Navalny foi "inequivocamente" envenenado na Rússia por um agente do tipo Novichok. 

A substância letal com que Navalny foi envenenado fui usada, no passado, para fins militares na Rússia e são poucas as pessoas que têm acesso a ela. Este veneno foi o mesmo usado para o ataque ao antigo agente dos serviços secretos russos Sergei Skripal, e à sua filha, no Reino Unido.

O líder da oposição russa, Alexey Navalny, continua internado em Berlim. Está em coma induzido desde que chegou à Alemanha a 22 de agosto. Antes esteve internado na Sibéria após se ter sentido mal antes de um voo que o levaria da cidade de Tomsk para Moscovo e depois de ter tomado um chá.

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