Itália prepara-se para acompanhar Portugal no regresso à escola

Nova disposição das cadeiras na sala de aula de uma escola em Roma
Nova disposição das cadeiras na sala de aula de uma escola em Roma Direitos de autor Cecilia Fabiano/LaPresse via AP
Direitos de autor Cecilia Fabiano/LaPresse via AP
De  Francisco MarquesLuca Palamara com Ansa
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A Euronews mostra-lhe as medidas implementadas numa instituição privada de Roma que também vai abrir as portas aos alunos esta segunda-feira

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A próxima segunda-feira marca o regresso à escola em Portugal, Grécia e Itália, três países com regras bem específicas contra a pandemia.

Enquanto na Grécia é o uso obrigatório de máscara que está a levantar mais atrito, com alguns país a ameaçar mandar os filhos para a escola sem a proteção facial, em Portugal e Itália são as questões do distanciamento exigido que estão a provocar alguma controvérsia.

A ministra da Educação de Itália garantiu esta sexta-feira que o país está pronto para retomar as aulas presenciais e deixou uma garantia.

Está tudo sob controlo. Preparámos-nos para enfrentar os problemas um a um. Se houver crianças positivas, cabe ao departamento de prevenção territorial intervir.

Estou convencida de que a escola é o lugar mais seguro neste momento . As aulas vão ser retomadas dia 14. Foi realizado um trabalho extraordinário.
Lucia Azzolina
Ministra da Educação de Itália

A Euronews foi conhecer as medidas que estão a ser implementadas em Itália, numa visita ao Insituto privado Pio IX.

Uso obrigatório de máscara, lavar as mãos regularmente e desinfeta-las com gel, medir a temperatura e manter distâncias são as medidas que testemunhámos estarem a ser preparadas nesta escola religiosa privada de Roma, onde o problema do espaço não parece ser um problema.

"Demo-nos conta de que nas salas entravam 23 secretárias sem problemas. Afastamo-las um metro umas das outras. Aliás, em algumas salas, até dois metros de distância", contou-nos Andrea Biondi, o diretor do Instituto Pio IX.

Foram ainda "colocados alguns autocolantes no chão". "Sabemos que os alunos são um pouco inquietos e estão sempre a movimentar as secretárias. Assim, podem voltar a colocar as mesas nas posições corretas", explicou-nos Andrea Biondi.

Antes de entrarem nas salas de aula, os alunos do Instituto Pio IX têm de respeitar a sinalética colocada no solo e seguir certas orientações.

O correspondente da Euronews em Roma acompanhou o diretor da escola no trajeto pelos corredores a caminho de uma sala. Como se fossem condutores numa estrada, há que respeitar direções, sinais de "Stop" e de sentido proibido colados no chão.

Pelo menos em sete das 20 regiões de Itália, algumas escolas vão começar uma semana mais tarde que o previsto devido a dificuldades logísticas para respeitar as medidas exigidas pelas autoridades de saúde. Seja pela falta de espaço, de secretárias ou até a falta de professores e de dinheiro.

"O que para nós foi mais difícil foi a parte económica. Não recebemos ainda qualquer ajuda financeira do estado. Sabemos que já foram libertados fundos para estas novas medidas, mas ainda não recebemos nada e temos algumas dificuldades desse ponto de vista", admite Andrea Biondi.

Tal como vai acontecer em Portugal e na Grécia, em Itália, milhares de alunos e professores vão ser colocados segunda-feira na linha da frente de uma nova batalha contra a pandemia.

Cabe-lhes evitar que as escolas se tornem em fontes de novos surtos de Covid-19.

"Será um primeiro dia diferente de todos os outros. Juntos, professores e alunos vão tentar que tudo corra pelo melhor", perspetiva Luca Palamara, o correspondente da Euronews em Roma.

Outras fontes • Ekathimerini

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