Comunidade internacional mobiliza-se pelos desalojados do campo de migrantes na ilha grega de Lesbos, alvo de um incêndio devastador.
O ferryboat Blue Star Chios já está no porto de Sigri, em Lesbos, onde vai servir de alojamento de emergência a mil migrantes desalojados pelo incêndio que destruiu o campo de refugiados de Moria.
É uma das medidas do governo grego para dar uma solução urgente aos cerca de 12 mil desalojados. A Comissão Europeia está também a trabalhar nesse sentido. O vice-presidente da Comissão, Margaritis Schinas, já está em Lesbos: "A prioridade deve ser imediata e coletiva. Em primeiro lugar, dar abrigo àqueles que precisam. Em segundo lugar, restaurar o mais depressa possível a ordem pública na ilha".
A chanceler alemã Angela Merkel anunciou um plano conjunto com a França para recolher centenas de menores desalojados pelo fogo. Merkel diz que contactou o primeiro-ministro grego para sa ber como podia ajudar e este lhe pediu que recebesse os menores que tinham sido transferidos para o continente grego: "A França foi também contactada. Vai ser um esforço conjunto dos dois países e provavelmente de outros Estados-membros", disse Merkel.
Já depois deste anúncio de Merkel, o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, confirmou que a França e a Alemanha iriam acolher a maior parte dos 400 menores não-acompanhados desalojados de Moria. Milhares de pessoas, incluindo muitos menores, foram obrigados a passar uma segunda noite ao relento, sem quaisquer condições. O governo local da ilha bloqueou as intenções do governo grego de criar novos alojamentos temporários.