Irlanda ataca Boris Johnson

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Tensões sobem na véspera do reinício das negociações do acordo comercial pós-Brexit

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A tensão entre Bruxelas e Londres sobe na véspera do reinício das negociações comerciais pós-Brexit, com a Irlanda a denunciar como falsas as declarações de Boris Johnson.

O primeiro-ministro britânico disse, no sábado, ser obrigado a não respeitar o acordo face à ameaça da União Europeia de bloquear o acesso à Irlanda do Norte de produtos alimentares do resto do Reino Unido.

Na origem da disputa está um projeto de lei do mercado interno que o governo britânico apresentou no parlamento e que contraria o acordo firmado que enquadra a saída d Reino Unido da União Europeia.

Segundo palavras do próprio Boris Johnson, o projeto de lei viola mesmo o direito internacional.

As reações vêm de toda a Europa. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reagiu através do Twitter, desmentindo o chefe do governo britânico e afirmando que é tempo de o Reino Unido assumir as suas responsabiliddes, porque está em causa a sua credibilidade internacional.

Por seu lado, o primeiro-ministro da Irlanda Micheal Martin afirma: "Ele e os políticos na Grã-Bretanha e os políticos na Irlanda têm apenas uma obrigação, que é de proteger as pessoas que servimos, de proteger a nossa subsistência e de proteger os nossos empregos e fazer jogos políticos com isto simplesmente não é uma opção."

O ministro da Justiça do Reino Unido, Robert Buckland, tenta pôr água na fervura afirmando que se fala apenas de cenários: "Posso assegurar-vos que o que estamos a fazer está de acordo com, na realidade, as tradições mais honrosas do Estado britânico, que é alertar toda a gente para a possibilidade de um problema, de facto legislar para nos prepararmos internamente para isso. Mas para fazer notar que ainda não estamos nessa fase e que não temos de estar."

O texto vai começar a ser discutido no parlamento esta segunda-feira. O governo dispõe de maioria mas vários deputados tencionam votar contra e pedir a demissão do ministro da Justiça.

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