Várias centenas de refugiados começaram a ser acolhidos em novo centro depois do enorme incêndio que destruiu o campo de Moria
Várias centenas de refugiados começaram a ser instalados num novo centro de acolhimento na ilha grega de Lesbos, depois da destruição do enorme campo de Moria, que albergava 12.000 pessoas.
Mas um grande número de migrantes, esgotados, pedem para ser transferidos para o continente. Não pretendem ficar no novo campo e tanto habitantes, como autoridades locais, pedem para que sejam acolhidos por outros países europeus.
Aglaia Panagopoulou, residente de Moria: "Vamos a caminho de um desastre. Não há crescimento, deveríamos ter turismo e não temos nada há cinco ou seis anos. Vivemos num estado de medo constante. De 500 migrantes, passámos para 1000, 2000 e por aí fora. É uma vergonha o que sofreu a nossa ilha e uma mentira. As autoridades enganaram-nos."
Theodoros Kaskampas, residente de Moria: "Devem partir o mais rápido possível. Nós tratá-mo-los bem quando chegaram, mas destruiram a nossa ilha. E os governos gregos também têm culpa."
Ionnais Mastrogiannis, presidente do Conselho Comunitário de Moria: "São seres humanos. Cuidámos deles e demos tudo o que podíamos. Se for necessário, voltaremos a ajudar, mas, infelizmente, não respeitaram a nossa hospitalidade. Pensavam que não tinham obrigações, mas apenas direitos, e a nós o governo só nos pede obrigações e não nos dá direitos."
Apostolos Staikos, euronews: "Quem não vive aqui, acha que é fácil falar de solidariedade e acusar os outros de racismo... É isso que dizem os habitantes de Moria, que já não querem ouvir falar de promessas e pedem apenas o fecho definitivo do campo de refugiados que tem o mesmo nome que a sua aldeia."