Máscaras tomaram de assalto Semana da Moda de Madrid

Máscaras tomaram de assalto Semana da Moda de Madrid
Direitos de autor يورونيوز
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Evento realizado em tempo de pandemia contou este ano com a presença de menos pessoas em nome do respeito pelas normas de distanciamento social.

PUBLICIDADE

As máscaras faciais tomaram conta da semana da moda de Madrid, na passerelle e nas áreas comuns. Sinal dos tempos, pela primeira vez um fabricante de máscaras patrocinou um evento deste tipo.

Em parceria com quatro estilistas espanhóis, a empresa patrocinadora ofereceu 15 mil máscaras para garantir a segurança do público durante os desfiles.

"Percebemos que fazia falta alguma coisa diferente porque as máscaras vieram para ficar. Já são um complemento do vestuário, como uma carteira ou um telemóvel", sublinhou Francisco Sans, vice-presidente da Mascarillas Béjar.

As máscaras entraram nas coleções de alta-costura.

Ion Fiz, por exemplo, lançou uma máscara com 13 padrões diferentes: "As pessoas pedem uma máscara a condizer com a camisa ou uma máscara e um lenço do mesmo tecido. Penso que a máscara é um acessório que nos acompanha 24 horas. Faz parte do look de cada um. É um acessório que também tem de ser muito pessoal", referiu o estilista.

Esta foi uma Semana da Moda atípica, com poucas pessoas, devido às normas de distanciamento social. A organização teve de repensar o evento para salvar a edição deste ano, como explicou a diretora da Semana da Moda de Madrid, Nuria de Miguel: "Consideramos que é importante para o setor da moda no conjunto e para Espanha prosseguir com a realização deste evento sempre que as condições o permitirem no contexto da pandemia de Covid-19. Os estilistas precisavam de voltar a ter a passarela, a plataforma e o lugar para se mostrarem."

Jaime Velázquez, Euronews - A Covid-19 afetou fortemente a indústria da moda. Em Espanha as vendas de vestuário caíram 40%. A pandemia forçou a indústria a repensar o modelo de negócio.

Em vez da passerelle, os modelos estão a tomar conta dos estúdios. Com menos eventos e menos consumidores, as marcas estão a investir na presença e no canal de vendas online, lembrou Alejandro Escohotado, diretor da agência Six Management: "Apercebemo-nos de um aumento de volume de trabalho na fotografia para comércio eletrónico. Muitas marcas que não usavam muitos modelos, ou que usavam apenas para uma parte da coleção apresentando somente os produtos no resto, estão a recorrer muito mais a modelos do que anteriormente."

Os estilistas asseguram que a pandemia não vai deter o mundo da moda. Estão certos de que algumas coisas serão diferentes mas asseguram que a criatividade continuará.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Semana da moda de Milão unicamente digital

Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, não conseguiu conter as lágrimas ao falar de racismo

Tribunal suspende bloqueio do Telegram em Espanha