Protótipos existem apenas no papel, a gigante da aeronáutica espera poder integrá-los na frota em 2035
A Airbus promete mudar radicalmente a indústria aeronáutica e propõe tornar-se na primeira construtora a incorporar na frota aviões com zero emissões de CO2. Por enquanto não passam de protótipos conceptuais, três, que usam o hidrogénio como fonte de energia.
Para a diretora tecnológica da empresa europeia, "a crise do coronavírus mostrou-nos que a prioridade não pode ser só a segurança, mas também a saúde e o ambiente", pelo que prometeram a eles próprios "colocar no mercado um produto com zero emissões de carbono".
Caso o projeto avance, os aeroportos terão de adaptar as infraestruturas existentes para assegurar o fornecimento de hidrogénio a estes aviões. O preço a pagar sempre que existe uma tecnologia que se predispõe a romper com o passado.
Grazia Vittadini não deixa margem para dúvidas quando refere que "querem ser pioneiros no setor com a criação desde projeto revolucionário, que vai ao encontro da vontade manifestada por Ursula von der Leyen no Parlamento Europeu de fazer da Europa o primeiro continente a estabelecer objetivos ambiciosos que possam garantir a sua sustentabilidade".
O projeto da Airbus, por enquanto, não passa do papel. De acordo com a gigante da aeronáutica europeia, caso a tecnologia evolua ao ritmo previsto, o primeiro avião livre de emissões de carbono poderá chegar aos céus europeus em 2035. O primeiro protótipo funcional está previsto para final da década de vinte.