Miséria no coração de Lisboa

Matilde Cunha é um rostos do abandono na Quinta do Ferro
Matilde Cunha é um rostos do abandono na Quinta do Ferro Direitos de autor LUSA
De  Euronews
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Há famílias na Quinta do Ferro sem saneamento básico e água potável.

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Mesmo tendo em conta o contexto sanitário, há a Lisboa que fica bem no retrato turístico e que se assumiu como destino incontornável. E há a Lisboa que encerra em pleno centro da cidade, entre a Graça e Santa Apolónia, um cenário que é descrito como de miséria.

Na Quinta do Ferro, em plena freguesia de São Vicente, falta muita coisa, mas a ausência de condições básicas de saneamento e de água potável vêm frequentemente no topo da lista.

Rosa Gomes, da Associação dos Amigos da Quinta do Ferro, salienta que há pessoas a viver "sem casas de banho, sem água, sem nenhuma higiene. É assustador". Matilde Cunha, moradora, diz que "durante o inverno chove em casa. Não temos casas de banho. O chão está todo a querer abater". Lina Silva, outra residente, lamenta: "A Câmara não se lembra que isto existe. Nós estamos no meio de uma cidade. É o mais triste: estamos no meio da cidade de Lisboa e não há meio de termos uma solução".

A Assembleia Municipal lisboeta aprovou recentemente uma moção para tornar a Quinta do Ferro numa Área de Reabilitação Urbana. Os moradores pedem medidas concretas e lançam apelos. "Que olhassem para as pessoas. E para olharem têm de pisar o chão que elas pisam também", desabafa Rosa Gomes.

Outra frente de combate é o sentimento de abandono que se instalou aqui há muito tempo.

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