Julgamento de Matteo Salvini ainda dependente do primeiro-ministro

Ex-ministro do Interior falou aos jornalistas após a audiência preliminar
Ex-ministro do Interior falou aos jornalistas após a audiência preliminar Direitos de autor Mauro Scrobogna/LaPresse via AP
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De  Francisco Marques com Ansa
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O antigo titular da pasta do Interior está acusado em Catânia de abuso de poder e sequestro devido ao bloqueio de um barco com migrantes em 2019

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Foi adiada para 20 de novembro a decisão de julgar em Catânia o ex-ministro do Interior de Itália, Matteo Salvini, no chamado "caso Gregoretti".

O antigo governante, confesso nacionalista, está acusado de abuso de poder e sequestro de pessoas depois de há pouco mais de um ano ter impedido de atracar durante quatro dias o "Gregoretti", um barco da guarda-costeira italiana, na altura com 131 migrantes a bordo.

Atual líder da aliança política Liga, Salvini apresentou-se perante um juiz de Catânia, na Sicília, para uma audiência preliminar.

A sessão decorreu este sábado de manhã à porta fechada, mas a decisão ficou pendente de outras audiências a realizar pelo juiz Nunzio Sarpietro, entre outros, com o atual primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, já na altura chefe do executivo, entretanto reconfirmado no lugar.

O antigo titular da pasta do Interior defendeu, perante os jornalistas, que "abrir um processo a um ministro que fez o que tinha prometido fazer no respeito da lei é bastante original."

Matteo Salvini disse confiar que o tribunal cumpra agora "tranquila, serena e rapidamente o seu trabalho."

O ex-ministro e confesso nacionalista assume-se inocente e alega ter agido no interesse maior da nação italiana, com o apoio do governo da altura, incluindo Giuseppe Conte.

O juiz de Catânia também pretende ouvir a atual ministra do Interior, Luciana Lamorgese; o atual ministro dos Negócios Estrangeiros e à altura vicepresidente do Conselho de Ministros, Luigi di Maio; e os ex-ministros Elisabetta Trenta (Defesa) e Danilo Toninelli (Infraestruturas e Transportes).

Matteo Salvini arrisca uma pena de até 15 anos de prisão.

A defesa e o Ministério Público italiano pedem que o processo seja arquivado.

Outras fontes • Il Sicilia

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