Desde 2011 que lutam pelo poder na Líbia. Agora os dois blocos rivais assinaram tréguas impulsionadas pela ONU. Turquia mostra-se cética.
"Um feito histórico", chamou-lhe a ONU, após o aperto de mão que selou o cessar-fogo na Líbia, ao fim de 5 dias de intensas negociações em Genebra. As tréguas são apresentadas como de caráter permanente.
"As duas partes concordaram em fazer regressar aos campos respetivos todas as unidades militares e grupos armados que estavam na frente de combate. Este regresso será acompanhado também da retirada de todos os mercenários e combatentes estrangeiros do território líbio - seja por terra, ar ou mar - até um período máximo de três meses a contar deste dia", declarou Stephanie Turco Williams, chefe da Missão da ONU na Líbia.
O responsável diplomático europeu, Josep Borrell, congratulou-se com o entendimento, mas salientou também que "o importante é pô-lo em prática para retomar as negociações políticas".
Por seu lado, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já afirmou não depositar grandes esperanças na manutenção deste cessar-fogo.
Desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, que a Líbia vive numa espiral de caos, espartilhada entre dois adversários: o Governo de União Nacional, reconhecido pela ONU e sedeado em Trípoli, e o autodenominado Exército Nacional Líbio, que domina a parte leste do país, e é apoiado por parte do parlamento.