Orçamento para 2021 pode ser viabilizado por deputadas independentes

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, acompanhado por António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais
O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, acompanhado por António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais Direitos de autor RODRIGO ANTUNES/ 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Direitos de autor RODRIGO ANTUNES/ 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De  euronews com LUSA
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Deputada Cristina Rodrigues anuncia que vai abster-se na votação na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano

PUBLICIDADE

A deputada não inscrita Cristina Rodrigues anunciou esta segunda-feira (26 de outubro) que vai abster-se na votação na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2021, o que garante matematicamente a viabilização do documento.

No domingo, a antiga deputada do Livre, Joacine Katar Moreira, havia dito estar indecisa entre a abstenção e o voto a favor.

Em comunicado, Cristina Rodrigues, que em junho passou à condição de não inscrita, afirmou manter em aberto o sentido de voto para votação final global, no entanto, considerou que “este orçamento do Estado tem coisas boas e tenta responder, na medida do possível, às necessidades criadas pela pandemia provocada pela Covid-19, mas também é verdade que mantém insuficiências em áreas que já existiam antes e que agora ainda se acentuam mais como é o caso do setor da cultura, do ambiente e das políticas de bem-estar animal”.

A decisão de Cristina Rodrigues faz, assim, respirar de alívio o Executivo liderado por António Costa em especial depois de, no domingo, o Bloco de Esquerda ter anunciado no domingo o voto contra o Orçamento e o PAN a abstenção, o Governo e o PS precisavam de garantir pelo menos mais uma abstenção para aprovar, na generalidade, o Orçamento de 2021.

O PS, com 108 deputados, precisava de oito votos a favor de outras bancadas ou de 15 abstenções para fazer passar o orçamento.

Do lado do “chumbo”, e depois do “não” do BE, contabilizam-se 105 votos – 79 do PSD, 19 do Bloco, cinco do CDS, um do Chega e outro da Iniciativa Liberal (IL).

O PCP, com 10 deputados, foi o primeiro a anunciar, na sexta-feira, que vai abster-se, a que se somaram no domingo os três deputados do PAN e a garantia da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira de que não iria votar contra.

Com a abstenção da deputada Cristina Rodrigues, falta conhecer o sentido de voto do PEV (que anuncia na terça-feira). No entanto, mesmo que os deputados ecologistas votassem contra, seriam 107 deputados pelo ‘não’ e 108 pelo ‘sim’, o que garante a aprovação na generalidade.

O debate do Orçamento do Estado para 2021 está agendado para terça-feira e quarta-feira no parlamento, sendo votado, na generalidade, no último dia.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Operação Influencer. Alegações do MP consideradas “vagas” mas há risco de decisões contraditórias

Miguel Albuquerque demite-se

Apoiantes de Navalny prestam homeagem ao antigo líder de oposição, 40 dias após a sua morte