Trump e Biden tentam convencer eleitorados críticos

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Direitos de autor Rebecca Blackwell/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Euronews
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Candidatos desdobram-se em ações de campanha na contagem decrescente para as eleições presidenciais desta terça-feira.

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Num dos últimos comícios de campanha de Donald Trump rumo às eleições presidenciais desta terça-feira uma multidão em êxtase na cidade de Reading, estado da Pensilvânia, recebeu o chefe de Estado.

Em entrevista à Euronews, manifestaram ambições e pontos de vista.

"Preocupo-me com a posse de armas de fogo. É uma das coisas mais importantes para mim. Trump pode não ser o melhor para tudo, mas considerando que o rival também não está nos píncaros, prefiro, pelo menos, ter alguém competente", sublinhou Spencer Kerns, que vota pela primeira vez no estado da Pensilvânia.

Daniel Pefok, oriundo dos Camarões e com cidadania americana, também vota pela primeira vez.

"O que os democratas estão a fazer é desprezível. Porque tentam silenciar a liberdade de expressão. Quando cheguei à América sabia que era uma terra livre, onde se tem liberdade de expressão e de escolha", lembrou.

Jerimiah Pierce, que também vota pela primeira vez no estado da Pensilvânia, acrescentou: "Joe Biden vai aumentar os impostos. As pequenas empresas vão montanha abaixo."

Um estudo da universidade de Stanford evidencia que os comícios de Donald Trump podem ter provocado 30 mil casos de novas infeções com Covid-19 e 700 mortes adicionais.

A batalha das sondagens não está, para já, ganha.

Joe Biden também tem percorrido estados críticos para os democratas.

Ao contrário das últimas eleições, o antigo presidente Barack Obama tem tido um papel mais ativo. Entrou na campanha eleitoral para apoiar o ex-vice-presidente da sua administração, seduzindo o eleitorado afro-americano.

Em Washington, começaram os preparativos para eventuais protestos ou confrontos nas ruas, em função dos resultados do escrutínio.

O movimento Black Lives Matter está pronto, à porta da Casa Branca. Alguns querem a vitória de Biden só para esquecer Trump. É o caso da ativista Nadine Seiler: "Joe Biden esteve no Senado durante 26 anos. Faz parte do grupo de sempre. É amigo deles. Não vai fazer nada substancial. Mas qualquer um é melhor do que Trump."

Outros são mais incisivos nas explicações. "Unir e viver em harmonia. Penso que esta administração não foi muito boa a fazer esse trabalho. Temos de nos focar em alguém que promova a união e que faça as pessoas concentrarem-se mais nas semelhanças do que nas diferenças. É por isso que votarei em Joe Biden e Kamala Harris", explicou Bella, oriunda da Nigéria e com cidadania americana.

Jen, ativista do movimento Black Lives Matter, acrescentou: "Sem esse republicano barulhento no poder talvez as pessoas possam ser menos hostis em relação aos que pensam de maneira diferente."

Donald Trump e Joe Biden apresentam duas visões muito distintas da América.

O próximo mandato adivinha-se repleto de desafios, a começar pela gestão da crise pandémica. Esta terça-feira os eleitores fazem a escolha.

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