À espera de Biden

Manifestantes israelitas seguram bandeira dos EUA após vitória de Biden
Manifestantes israelitas seguram bandeira dos EUA após vitória de Biden Direitos de autor Maya Alleruzzo/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Catarina Santana
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Da Europa à Ásia, com passagem obrigatória pelo Médio Oriente, o mundo aguarda pelas novas orientações do presidente eleito para as relações dos EUA com o exterior.

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Com os Estados Unidos da América a ditar, este sábado, o fim de uma era, o mundo aguarda em expectativa pelos próximos quatro anos. A entrada, em breve, de Joe Biden na Casa Branca está já a gerar movimentações no xadrez mundial e foi especialmente bem recebida na Europa, onde as relações com os Estados Unidos têm andado tremidas.

Biden já mostrou vontade de reatar laços com os aliados do velho continente e não descarta até incluí-los numa abordagem multilateral às relações comerciais com a China.

As atenções viram-se também para o Médio Oriente. Depois de Donald Trump ter mudado a embaixada norte-americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, a comunidade internacional questiona-se sobre as futuras decisões de Biden.

De acordo com o especialista em relações americano-israelitas Eytan Gilboa, "Trump foi o presidente mais pró-israelita da história americana. Biden tem um historial muito bom em relação a Israel, após ter servido como senador durante 36 anos, mas também foi vice-presidente durante a administração Obama, que não tinha relações tão amigáveis com Israel".

Um estilo diferente, que, para o especialista, não vai contudo mudar a colaboração estratégica entre os dois países. Já as relações com a Palestina e o Irão podem vir a tomar novos rumos sob a orientação do presidente eleito.

"Biden disse que gostaria de negociar com o Irão um novo acordo nuclear, para substituir o que Obama assinou em 2015. Esta é uma questão urgente que não pode ser posta de lado, porque o Irão está a violar o acordo de 2015 e está a enriquecer urânio muito depressa", afirma Eytan Gilboa.

Outro acordo a poder voltar à mesa das negociações é o Acordo Climático de Paris, celebrado em 2015. Por decisão de Donald Trump, os Estados Unidos saíram em 2017, retirando o país do documento que pretendia controlar o aquecimento global.

A proposta de Joe Biden para chegar à neutralidade carbónica até 2050, fez reacender a chama da esperança entre os ativistas ambientais, agora que o democrata se prepara para assumir a presidência dos Estados Unidos.

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