Trump volta à contestação eleitoral após primeiro ato público

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Direitos de autor Chris Kleponis / POOL/EPA
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De  Francisco Marques com AP
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O agora apelidado "presidente em exercício" participou na cerimónia oficial do dia do Armistício, fazendo uma curta pausa na contestação ao triunfo de Joe Biden

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Donald Trump apareceu finalmente num evento oficial público depois da anunciada derrota nas presidenciais para o democrata Joe Biden, mas rapidamente voltou às redes sociais para continuar a contestar as eleições.

A estreia como "presidente em exercício" aconteceu no cemitério de Arlington, durante a homenagem aos militares norte-americanos, no âmbito do dia dos Veteranos de Guerra e do Armistício da Primeira Grande Guerra.

No entanto, Trump tem andado bem ativo enquanto candidato presidencial que recusa aceitar a derrota, revelando muito interventivo pelo Twitter, onde tem insistido partilhar publicações que a própria rede social sinaliza como contestadas por alegadas falsidades.

Pouco depois de assinalar na conta oficial de presidente dos Estados Unidos a homenagem aos militares, Trump voltou à conta pessoal para reafirmar que vai ganhar, numa publicação ilustrada por um vídeo onde discursa sobre imagens de uma multidão de apoiantes sem usar máscara nem respeitar qualquer distanciamento social, como é pedido devido à Covid-19.

Biden na Pensilvânia

Do outro lado, embora ainda falte a concessão rival e a oficialização dos resultados, o "presidente eleito" também prestou homenagem aos veteranos de guerra norte-americanos, optando por participar na cerimónia da Pensilvânia, o estado que ditou no sábado o desfecho das presidenciais.

Mesmo sem ter ainda acesso à Casa Branca, como seria de esperar, Joe Biden já nomeou a equipa de transição para preparar com as várias agências federais a sucessão na presidência, marcada para 20 de janeiro, e também o futuro chefe de gabinete da presidência, Ron Klain.

Uma clara demonstração de confiança do democrata perante persistente recusa de Donald Trump em conceder a derrota.

Recontagem na Georgia

No Estado da Georgia, entretanto, um habitual bastião dos Republicanos, mas onde o triunfo foi agora atribuído a Joe Biden por apenas 14 mil votos, as autoridades locais anunciaram para sexta-feira o início de uma recontagem dos cerca de cinco milhões de votos ali escrutinados.

A confirmar-se este triunfo estadual de Biden, aumentam também as possibilidades dos democratas conquistarem aos rivais, na Georgia, mais dois lugares no senado.

Depois de nenhum candidato ter conseguido 50% dos votos, a segunda volta para eleger os dois senadores pela Georgia está marcada para 5 de janeiro.

Quanto à Casa Branca, embora já alguns senadores republicanos tenham felicitado Biden pela vitória nas presidenciais e até se assumam embaraçados pela postura de Trump, a maioria parece esperar ainda a luz verde do ainda presidente.

A equipa de campanha de Trump, suportada pelos recursos da Casa Branca, tem-se desdobrado em queixas jurídicas contra diversos escrutínios estaduais que contesta como ilegais e, com isso, o "presidente em exercício" resiste tanto quanto possível a ceder as chaves da Casa Branca e assim poderá continuar pelo menos até a 14 de dezembro quando os grandes eleitores forem chamados a confirmar os resultados das eleições.

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