Partir do zero em Nagorno-Karabakh

Partir do zero em Nagorno-Karabakh
Direitos de autor Sergei Grits/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Nara MadeiraAnelise Borges com AFP, AP
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A euronews em Nagorno-Karabakh enquanto muitos habitantes se preparam para recomeçar uma nova vida.

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A guerra por Nagorno-Karabakh remonta aos tempos da União Soviética e fez, só nas últimas semanas, dezenas de milhares de deslocados. 

Rovshen Bayramov deixou Shusha, com a família, em 1992. Para trás ficou toda uma vida: a casa onde nasceu e cresceu mas, sobretudo, as suas obras enquanto pintor. Baku acolheu-o e é um artista de renome no Azerbaijão mas, para a sua esposa, é impossível não ouvir o chamamento da sua terra natal. 

Rugza Bayramova, professora, diz que é impossível imaginar o que significa regressar à sua terra natal tantos anos depois. "Sim, vamos voltar para a nossa Shusha, novamente. E sim, não voltaremos a ser chamados de deslocados internos. Vamos viver e trabalhar na nossa terra, novamente", desabafa.

Um momento de emoção e de ansiedade para quem se viu obrigado a partir da cidade onde nasceu há quase 30 anos e para todos os que se preparam agora para começar uma nova vida, ou recuperar uma que lhes foi roubada.

A enviada da euronews a Karbajar, Anelise Borges, explicava que ainda faltavam "várias horas para a transferência do território da Arménia para o Azerbaijão", mas que as forças azeris já tinham bloqueado "uma das principais estradas que ligam a região de Artsakh, ou de Nagorno-Karabakh, à Arménia, por isso as pessoas estão a percorrer rotas alternativas, muitas estão a tentar evacuar esta área, outras regressam para buscar alguns pertences que deixaram nas casas que agora terão de abandonar", adiantava a repórter acrescentando que as "tropas russas já estão na área. Serão 2.000 militares russos a patrulhar a região e a monitorizar o cessar-fogo. Um acordo que foi anunciado aos arménios a meio da noite e através de uma publicação no Facebook, e que fez com que muitas pessoas se debatessem por um plano e se perguntassem que tipo de normalidade trará esta trégua e, talvez mais importante, por quanto tempo vai durar".

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