A rota destruidora do furacão "Iota" pelas Caraíbas

Praia de Bilwi, na Nicarágua, na rota caribenha do furacão "Iota"
Praia de Bilwi, na Nicarágua, na rota caribenha do furacão "Iota" Direitos de autor STR / AFP
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De  Francisco Marques
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Tempestade agravou-se de categoria 4 para 5, a mais grave de todas, deixou um morto na ilha de San Andrés e estará agora a enfraquecer, embora ainda perigosa

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O furacão "Iota" passou pela ilha colombiana de San Andrés, onde deixou pelo menos um morto e muitos danos, e entrou na Nicarágua com categoria 5, a mais grave da escala, pelas 23 horas locais (05h, em Lisboa).

A passagem do "Iota" acontece cerca de duas semanas depois do "Eta", de categoria 4, ter passado também pela região de Puerto Cabezas, onde se situa a pequena localidade de Bilwi, onde Adán Artola Schultz registou o vídeo de uma habitação a perder o telhado, levado pelo vento.

Adán Artola Schulz sublinha que a região já tinha sido destruída pelo “Eta” e agora diz estar a ser ‘redestruída’.

"É uma dupla destruição”, reforça este nicaraguense, contando estar a assistir ao quinto furacão, considerando este "Iota" o "mais forte e destrutivo de todos" os que alguma vez viu.

Schulz salienta que há inclusive "animais selvagens como veados e aves a procurar abrigo na cidade".

Nicarágua preparou-se

Nas horas que antecederam a chegada do “Iota” e ainda com a experiência do “Eta” bem fresca na memória, cerca de meio milhar de famílias procuraram abrigo enquanto a tempestade ainda cruzava o mar das Caraíbas, provocando muitos danos na cidade de Providencia, na ilha colombiana de San Andrés, habitada por cerca de 6 mil pessoas.

A caminho de Providencia está já uma embarcação da Armada Colombiana, com ajuda humanitária a bordo para minimizar os impactos sociais e materiais da passagem do furacão, que terá danificado mais de 95% das infraestruturas, incluindo o hospital sem telhado e a ilha sem eletricidade.

O presidente da Colômbia disse tratar-se de "um acontecimento nunca antes visto no país".

"Em questão de horas, este fenómeno climático passou de tempestade tropical a furacão de categoria 5", sublinhou Ivan Duque, confirmando a morte de pelo menos uma pessoa e avultados danos com a passagem do “Iota” pela ilha de San Andrés.

As últimas informações do Centro de Vigilância de Furacões da bacia americana do Atlântico dão conta da diminuição de intensidade do "Iota" à medida que avança sobre o nordeste da Nicarágua, mas os alertas de "tempestade com risco de vida, ventos catastróficos, inundações repentinas e deslizamentos de terras" mantém-se para algumas partes da América Central.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Outras fontes • La Prensa, El Espectador, El Tiempo

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