O artesão napolitano, Marco Ferrigno, eternizou Diego Maradona numa escultura de um anjo, Lúcifer, talvez o anjo mais bonito e "marginal".
Nápoles é a cidade, fora da Argentina, onde o luto pela morte do jogador de futebol Diego Maradona é vivido de forma mais intensa ou não tivesse o jogador deixado a sua marca nesta cidade italiana.
Uma marca difícil de apagar e que levou Marco Ferrigno, um artesão dedicado à arte dos presépios, uma tradição familiar que remonta a 1836, a eternizá-lo:
“Lúcifer, o diabo por excelência, era um anjo, talvez o anjo mais bonito e foi expulso porque se opôs ao mestre. Podemos dizer que, em alguns aspectos, Maradona também era assim. Ele opunha-se ao que se considerava a sociedade perfeita porque ele não partilhava algumas escolhas, mas pagou um preço elevado", como o afastamento do Mundial de 1994, lembra Marco Ferrigno, que tornou, pela primeira vez, uma personalidade num anjo porque, para ele, "Maradona é o anjo do futebol", para ele e não só porque não foi o único artesão napolitano a fazer este tipo de homenagemao craque.
Foi o dopping que o afastou do campeonato do mundo mas não de Nápoles nem dos napolitanos que lhe perdoaram os excessos, porque o viam como um rebelde que travava batalhas impossíveis de vencer e isso tornava-o ainda mais humano aos seus olhos.