ONU alerta para possível catástrofe humanitária desde o início do conflito
O governo da Etiópia chegou a acordo com a ONU para autorizar um acesso humanitário "sem restrições" à região do norte do país cortada há um mês do resto do mundo pelo conflito armado com os rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigray.
Desde o início da ofensiva lançada por Addis Abeba contra os dissidentes no Tigray, as Nações Unidas alertam para uma possível catástrofe humanitária.
Antes das hostilidades, cerca de 600.000 pessoas dependiam totalmente das ajudas para obter alimentos.
Nas quatro semanas de conflito, pelo menos 45.000 terão procurado refúgio em campos no vizinho Sudão, que abriu as portas aos que fugiam dos combates, mas que também fortaleceu bastante a presença militar na fronteira, para tentar evitar a inflitração de grupos armados no território sudanês.
A televisão etíope anunciou esta terça-feira que a ex-presidente da Câmara Alta do Parlamento Keria Ibrahim, "uma dos nove líderes" rebeldes, se entregou às forças federais.