Eleições legislativas na Roménia em plena pandemia

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Os romenos vão escolher o novo parlamento no meio de uma vaga crescente de casos de infeção pelo novo coronavírus. Os partidos temem forte abstenção

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Os romenos vão às urnas, em eleições legislativas, no domingo. A prova de fogo para o Partido Liberal, de direita. No poder desde novembro de 2019, o PNL tem tentado manter o país a flutuar no meio da pandemia e da crise económica que se seguiu.

O ministro da Saúde, Andrei Baciu, define as metas que o seu governo quer alcançar: "Queremos finalizar o programa de investimento que iniciámos em 2020, no valor de 1,3 mil milhões de euros, e estamos a procurar iniciar um novo programa - 2021-2027 - que trará mais 4,6 mil milhões de euros para o sistema de saúde romeno. Além disso, queremos aumentar as despesas do orçamento nacional nesta área até 6% do PIB, em 2024, e procuramos também modernizar a legislação que rege o bom funcionamento do sistema de saúde".

Os principais rivais dos liberais nesta eleição são os social-democratas que ganharam o apoio de figuras públicas de renome, como o representante romeno no conselho da Organização Mundial de Saúde (OMS), Alexandru Rafila, que é também candidato a deputado:

"Globalmente, é um facto reconhecido que as despesas de saúde crescem a uma taxa que excede o crescimento do PIB". É muito importante dar prioridade à despesa pública e desenvolver um sistema de saúde primária através de uma rede nacional de centros comunitários, especialmente nas zonas rurais. Temos também de criar uma série de unidades de serviços de cuidados ambulatórios nas pequenas cidades, uma vez que esta é uma resposta lógica para as necessidades da população em termos de cuidados de saúde".

A afiliada da Renew na Roménia, a coligação centrista USR-Plus, é outro concorrente importante que também tem como bandeira a melhoria da gestão dos hospitais públicos.

O ex-ministro da saúde, Vlad Voiculescu, fala do que preocupa o seu partido: "A Roménia nunca teve uma estratégia de recursos humanos para o sistema de saúde pública. Antes de mais, estamos a falar de corrupção, de nepotismo, do facto de que a grande maioria dos especialistas formados na Roménia quer sair ou já saiu do país por razões simples que envolvem ou a corrupção nos hospitais - algo que já não podem aceitar - ou o facto de não haver novas vagas de emprego exceto para alguém que conhece alguém no sistema ou na Universidade. Isto é algo que precisamos de mudar a partir da própria raiz".

Esta é a segunda vez que os romenos votam este ano. Em setembro, o Partido Liberal Nacional (PNL), venceu por pouco o Partido Social Democrata (PSD) nas eleições locais.

A repórter da Euronews, Mari Jeanne Ion, refere que: "A principal preocupação dos políticos é a taxa de participação, uma vez que a pandemia está a alastrar e centenas de romenos continuam a morrer do vírus todos os dias. Um inquérito recente mostra que mais de metade da população - 55 por cento, mais precisamente - considera que as eleições deveriam ter sido adiadas".

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