Sol de novembro pode ter empurrado 2020 para um recorde de calor

Sol de novembro pode ter "empurrado" 2020 para um recorde de calor
Sol de novembro pode ter "empurrado" 2020 para um recorde de calor Direitos de autor AP Photo/Armando França
De  Euronews
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Última década é a mais quente desde que há registos e os seis anos em que o termómetro mais subiu em média aconteceram todos depois de 2015

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O ano de 2020 vai ficar para a história por causa da pandemia, mas também pode ficar inscrito nos livros como o mais quente desde que há registos.

A equipa do Copernicus estima que este ano pode ultrapassar o de 2016, quando a temperatura média no planeta chegou quase aos 15 graus centígrados, no que foi à altura o terceiro ano consecutivo em que o recorde de temperatura média global foi fixado em 14,8 graus.

A contribuir para o novo máximo está o mês o mês de novembro mais quente em termos globais, por "larga margem", sublinha o Copernicus.

Novembro foi quase oito décimas de grau centígrado (0,77°C) mais quente do que a média do período de referência estabelecido entre 1981 e 2010 e mais de uma décima (0,13°C) acima dos anteriores meses de novembro mais quentes, os de 2016 e 2019.

Este ano, foram registadas temperaturas particularmente altas na Europa, nomeadamente nos Alpes e no norte do "velho continente" durante o mês de novembro, que em termos europeus não foi o mais quente, mas igualou o segundo mais quente (2009), com o recorde a ficar no nono mês de 2015.

O período de outono (setembro, outubro e novembro) europeu tem no entanto um novo máximo de calor, com mais de 1,9°C  acima da média do período de referência e quatro décimas mais quente do que o anterior outono mais quente, registado em 2006.

Estes novos números colocam o planeta perigosamente próximo dos limites estabelecidos pelo Acordo de Paris, onde o objetivo estabelecido entre os signatários é manter o inevitável aquecimento global neste século abaixo dos previstos 2°C até 2100.

Só que a Terra tem vindo a aquecer a um ritmo de duas décimas de grau por década e o aquecimento global já ultrapassou 1,2°C, tornando o abrandamento das alterações climáticas improvável nos anos mais próximos.

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