Governo francês propõe-se combater radicalismo islâmico

Governo francês propõe-se combater radicalismo islâmico
Direitos de autor Ludovic Marin/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Nara Madeira com AFP, AP
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Governo francês quer combater radicalismo islâmico intervindo no processo educativo, associativismo religioso e na luta contra apologia ao terrorismo.

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"Reforçar os princípios republicanos" é o mote de um projeto de lei apresentado, esta quarta-feira, pelo governo francês. Um documento que acabou por inflamar as discussões, mesmo antes de ser apresentado, fazendo o executivo recuar. 

Apagada a palavra "separatismo" os objetivos mantêm-se: combater o radicalismo islâmico através da intervenção no processo educativo, associativismo religioso e na luta contra a apologia ao terrorismo e aos discursos de ódio na internet. Por exemplo, a incitação à violência ou ao ódio num lugar de culto passariam a ser punidas com penas de prisão.

Para tentar acalmar as hostes e evitar mais ou novas críticas o primeiro-ministro gaulês. Jean Castex, explicava que "este projeto de lei não é um texto contra as religiões, nem contra a religião muçulmana em particular é, pelo contrário, uma lei de liberdade, uma lei de proteção, de emancipação face ao fundamentalismo religioso e, mais genericamente, face a qualquer ideologia desviante que persiga as mesmas finalidades".

O texto inclui medidas para restringir, ao máximo, o ensino doméstico, mantendo, naturalmente, exceções para casos relacionados com a Saúde; aumentar o controlo sobre o funcionamento e financiamento das associações religiosas e a criação de um novo instrumento de combate às expressões de ódio na internet.

Emmanuel Macron diz que pretender colmatar uma lacuna que existe na luta contra o radicalismo islâmico mas, e apesar de ter recuado em relação à intenção de proibir gravar e divulgar imagens de membros das forças policiais, a questão continua a não ser, de todo, pacífica.

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