Protestos e vontade de mudança

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De  Ana RuivoEuronews
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No leste da Europa, 2020 foi um ano de revolta e de luta pela liberdade

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 Este ano, em países muito diferentes mas com um passado comum lutou-se por liberdade. Mas apesar dos confrontos e do aumento da violência, os líderes não desistiram e alguns reforçaram o poder com novas leis.

Bielorrússia

Em Agosto, 200 mil manifestantes reuniram-se no maior protesto da história da Bielorrússia contra as acusações de fraude e a reeleição do presidente, no poder há 26 anos. A repressão policial provocou mortes, feridos e milhares de detenções.

Cada vez mais pressionado, Aleksandre Lukashenko anunciou uma nova constituição e declarou que depois de ser adotada renunciará ao cargo de líder do país.

A União Europeia condenou a violência e prometeu apoio económico para qualquer transição democrática que respeite os direitos humanos. Bruxelas ofereceu ajuda aos opositores como Svetlana Tikhanovskaya que ficou em segundo lugar nas presidenciais e fugiu para a Lituânia. 

O Parlamento Europeu dedicou o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento à oposição bielorrussa.

Bulgária

Noutro país, desta vez um Estado-membro da UE, também há um líder quer consolidar o poder. Durante três meses, os búlgaros exigiram a demissão do primeiro-ministro. Boyko Borissov é acusado de corrupção e ligações à máfia. 

As dificuldades políticas de Borissov levantam questões difíceis para a União Europeia. 

O Estado-membro mais pobre luta contra a corrupção e os desafios do Estado de direito, quase 14 anos depois da adesão ao bloco europeu.

Rússia

No poder desde 2000, Vladimir Putin é o líder mais antigo na história moderna russa . Tem 68 anos e já está a pensar no futuro. O quarto mandato termina em 2024, mas com o referendo de julho sobre a reforma constitucional, aprovado com 78% dos votos, pode permanecer no poder mais dois mandatos, até 2036.

Os críticos dizem que Putin quer tornar-se um "presidente vitalício" e Alexei Navalny, o principal líder da oposição, descreve o resultado das presidenciais como uma "grande mentira" que não reflete a verdadeira opinião pública do país.

Em agosto, Navalny sobreviveu um envenenamento e acusou Putin de estar envolvido numa tentativa de assassinato. O caso aumentou a tensão entre europeus e russos, numa altura em que o Kremlin é cada vez mais criticado pela opinião pública.

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