"Brexit": O que esperar do Parlamento britânico?

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Direitos de autor Alberto Pezzali/Copyright 2019 The Associated Press. All rights reserved
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De  Euronews
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Anterior primeira-ministra, Theresa May, enfrentou várias derrotas na procura por um acordo

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Os momentos de tensão no Parlamento britânico por causa do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia parecem longínquos, mas datam do início de 2019.

A então primeira-ministra, Theresa May, tentou por três vezes obter a aprovação do acordo sobre o "Brexit", mas por três vezes falhou, porque o "Não" venceu sempre.

Com um novo acordo em cima da mesa, o que esperar do Parlamento?

Tadhg Enright, Euronews - Será possível confiar desta vez no Parlamento para apoiar com segurança o acordo de Boris Johnson sobre a futura relação do Reino Unido com a União Europeia? Para Theresa May foi uma batalha difícil. Liderou um Governo de minoria. O acordo original não agradou aos defensores de um "Brexit" duro e os opositores ao "Brexit" viram uma oportunidade de parar tudo. Mas tudo aconteceu no ano passado e desta vez as circunstâncias são diferentes.

"A grande diferença de Boris Johnson é que tem uma maioria na Câmara dos Comuns. Por isso, não vamos ter um cenário dos votos necessários estarem à justa. Alguns elementos podem não ficar satisfeitos. Por isso poderemos assistir a rebeliões em pequena escala. Mas acredito que terá os números necessários para passar qualquer acordo", sublinhou, em entrevista à Euronews, Maddy Thimont Jack, do think tank Institute for Government.

A reputação de Boris Johnson está refém do cumprimento da promessa feita de concretizar o "Brexit." O primeiro-ministro britânico já desafiou o Parlamento e não deverá hesitar em voltar a fazê-lo, se necessário.

"A outra forma possível é tentarem usar os poderes que já têm. Mas nesse cenário existe um risco de que aspetos do acordo que alcançarem com a União Europeia possam não ser aplicados porque não têm poderes para o fazer", acrescentou Maddy Thimont Jack.

E se for preciso mais tempo? A lei estabelece que não pode haver mais atrasos, mas tal não é de todo impossível de acontecer.

"Se existe uma vontade política para comprar mais tempo, os advogados de ambos os lados terão de encontrar formas de contornar a situação. Mas, atendendo ao caminho percorrido na via da negociação e à proximidade do fim do período de transição, não temos realmente tempo para acertar o que é que parece ser mais tempo", referiu Maddy Thimont Jack.

O tempo é curto, mas a vontade para conseguir o "Brexit" parece ser forte.

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