Os eleitores do Níger escolhem este domingo o novo presidente, num escrutínio que marca a primeira transição de poder democrática no país desde 1960
Este domingo, cerca de 7,4 milhões de eleitores do Níger foram chamados às urnas para elegerem o próximo presidente, num escrutínio em que se vota também em eleições legislativas.
Este ato eleitoral marca a primeira sucessão de poder democrática no país, que tem uma história marcada por golpes de Estado desde 1960.
Uma eleitora manifesta o seu desejo pós-eleitoral: "Rezamos a Alá para que nos escolha o presidente que tem mais piedade do povo, um presidente que não trairá o país e que não trairá a confiança do povo, esse é o nosso desejo. É também o nosso desejo que Alá possa ajudar a fazer felizes os pobres, os camponeses, os criadores".
Depois de dez anos no poder, Mahamadou Issoufou diz esperar entregar a Presidência ao seu braço direito Mohamed Bazoum, de 60 anos. Bazoum, candidato do partido no poder é o grande favorito, numa eleição que conta com 30 candidatos.
O presidente cessante considera que “Esta alternância deve permitir ao Níger consolidar o seu estatuto de modelo de democracia em África”, opinião é contestada pelo ativista Moussa Tchangari, segundo o qual só existe uma aparência de democracia no Níger, devido ao desrespeito pelas liberdades e direitos.
Os constantes ataques dos ‘jihadistas’ mataram centenas de pessoas desde 2010, entre civis e soldados, e expulsaram centenas de milhares de pessoas de suas casas, (300.000 refugiados e deslocados no leste, perto da Nigéria, 160.000 no oeste, perto de Mali e Burkina Faso).
O Níger tem sido alvo, desde 2010, de constantes ataques de jihadistas, que mataram centenas de pessoas e fizeram cerca de meio milhão de refugiados - mais de 300 mil deslocados no leste, perto da Nigéria e mais de 160 mil perto do Mali e Burkina Faso.