Irão já está a enriquecer urânio a 20%

Irão já está a enriquecer urânio a 20%
Direitos de autor AP Photo/Vahid Salemi
De  Teresa Bizarro com Agências
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Decisão de Teerão foi confirmada pela Agência Internacional de Energia Atómica

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Agência Internacional de Energia Atómica confirma: o Irão está a enriquecer urânio a 20% - perto da pureza necessária para o fabrico de armas nucleares. A intenção de Teerão foi comunicada a 31 de dezembro e menos de 24 horas depois já seria uma realidade.

Há 10 anos, uma decisão semelhante quase desencadeou um ataque israelita contra as instalações nucleares iranianas. Um ataque travado pelo acordo nuclear de 2015.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já veio garante que "Israel não vai permitir que o Irão fabrique armas nucleares".

O acordo de 2015 estabelece que o enriquecimento do urânio não deve ir além dos 3,67%. Há informação de que este limite já tinha sido ultrapassado pelo Irão, mas nunca além dos 4,5%, e cumprindo sempre o rigoroso regime de fiscalizaçãointernacional.

A União Europeia considera que esta decisão representa um "abandono considerável dos compromissos assumidos no acordo de 2015". Para Peter Stano, porta-voz da diplomacia de Bruxelas, a decisão vai ter "implicações sérias" em matéria de não proliferação de armas nucleares.

A ordem para começar a enriquecer urânio a 20% terá partido do presidente iraniano. Surge no meio de uma intensa guerra diplomática com os Estados Unidos. Surge também dois meses depois do assassinato do principal o físico nuclear iraniano num ataque que o Irão atribuiu a Israel. 

O parlamento iraniano aprovou entretanto uma lei que pede a produção anual de "pelo menos 120 quilos de urânio enriquecido a 20%" e o "fim" das inspeções internacionais.

Entretanto, as autoridades iranianas apreenderam um petroleiro de bandeira sul-coreana no crucial Estreito de Ormuz. Os Estados Unidos anunciaram que não vão retirar o único porta-aviões que ainda têm estacionado na região. Decisão justificada pelo Pentágono com "ameaças recentes por parte dos líderes iranianos".

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