Exclusão digital no Reino Unido

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Direitos de autor Uli Deck / (c) Copyright 2021, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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O confinamento, por causa da pandemia da Covid-19, remete milhares de alunos desfavorecidos para a exclusão digital, no Reino Unido. Sem possibilidades de aceder à internet ou a um computador, muitos estudantes ficam sem aulas.

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Majid tem 18 anos e espera poder estudar engenharia bioquímica em setembro, mas o confinamento acarretou novos desafios.

Um dos maiores - é assistir às aulas em linha. A dividir um computador portátil com três irmãos - ele só pode assistir a uma fração das aulas. Isto afetou-lhe os estudos e a saúde mental.

"Parece um pouco embaraçoso porque os professores continuam a enviar-me e-mails a dizer que estou a ficar para trás no meu trabalho e coisas do género, mas enquanto estive na escola nunca me atrasei nos trabalhos. Por isso é como se os professores pensassem que estou a ser preguiçoso ou assim, mas na verdade não estou", lamenta-se o estudante.

Esta é a Escola Primária Heath Mount em Balsall Heath, no centro da cidade inglesa de Birmingham. Tornou-se um farol para as famílias mergulhadas na escuridão à medida que o mundo passou a mover-se em linha.

O casal Hafsha e Salim Shaikh trabalhou com a escola para doar aparelhos à comunidade, mas está preocupado com as famílias que caem na exclusão digital.

Hafsha, diretora da empresa SmartLyte, refere que "algumas destas comunidades estão mergulhadas na pobreza. A maioria dos pais, alguns dos pais não têm muito bons conhecimentos da língua inglesa. Temos, também, níveis muito baixos de literacia nesta área e imediatamente o nosso pensamento foi sobre o impacto disto, não só nas crianças e na sua aprendizagem, mas também, como é que os pais vão lidar com isto".

"O Confinamento virou os holofotes para a acentuada a clivagem digital no Reino Unido. Estima-se que, aqui, 1,9 milhões de lares não têm acesso à Internet e 11,9 milhões de pessoas não têm as competências que o Governo considera essenciais para estar em linha. Aqui, no centro de Birmingham, as famílias sofreram, muitas enfrentaram a escolha entre alimentos ou dados, alimentos ou um dispositivo digital", relata a jornalista da euronews, Amanda Coakley.

O acesso à educação é apenas uma parte da fratura digital. O Governo diz ter distribuído mais de um milhão e 300 mil dispositivos, mas muitos estudantes desfavorecidos em Balsall Heath estão, ainda, à espera. Com a incerteza sobre quando é que as escolas reabrirão em Inglaterra, os pais estão sob intensa pressão para se ligarem à Internet.

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