A lei de segurança interna, que está a ser discutida pelo parlamento francês, prevê a proibição e punição da difusão de imagens da ação policial. Documento tem originado vários protestos no país.
Milhares de franceses fizeram ecoar palavras de protesto em várias cidades do país contra a lei da "Segurança Global". Recusam que se proíba a difusão de imagens da ação policial, uma proposta atualmente a ser discutida no parlamento.
As manifestações contra a lei geral da segurança interna sucedem-se desde novembro. No entanto, o mau tempo e as restrições em vigor por causa da covid-19, acabaram por pesar na comparência do encontro deste sábado.
Imagens da polícia a espancar Michel Zecler, um produtor de música negro e desarmado no próprio estúdio em Paris, a 21 de novembro, alimentaram a contestação à nova lei, defendida pelo presidente Emmanuele Macron.
(O Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ) esteve na origem do protesto contra a lei de "Segurança Global")
Um dos pontos mais polémicos do novo texto legislativo, o artigo 24.°, prevê punição até um ano de prisão e multa de 45 mil euros euros pela da difusão de imagens de agentes policiais que possam ser identificados, Em causa está a segurança dos agentes, dizem os legisladores, que entretanto vão rever o artigo, após uma onda de protestos.
Este sábado, o final do protesto foi marcado por alguns confrontos entre manifestantes e policia, havendo relatos, ainda por confirmar, de várias detenções.