Deportação de jovens georgianas divide governo da Áustria

Deportação de jovens georgianas divide governo da Áustria
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De  Ricardo Figueira
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A expulsão desta família incluindo Tina, que já nasceu na Áustria, estáa causar uma divisão entre os dois partidos da coligação de governo.

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Foi debaixo de grandes protestos que duas jovens estudantes foram deportadas, com a família, da Áustria para a Geórgia, com uma operação policial musculada.

Tina, uma das jovens, conta que "a polícia atirava as pessoas para o chão, para poder levar a cabo a operação".

Com 12 anos, Tina nasceu na Áustria e viveu no país um total de 10 anos, divididos por dois períodos. Ao fim de um processo que durou sete anos, o pedido de asilo foi rejeitado definitivamente em dezembro de 2019. Mesmo sem haver uma justificação legal para o asilo, as autoridades ponderaram manter a família no país, por uma questão de direitos humanos, mas tomaram a decisão contrária.

Diz Karl Nehammer, ministro do Interior: "Foram os pais quem pôs as jovens nesta situação e abusaram, deliberadamente, do direito ao asilo, já que havia vários processos contra eles".

O caso gerou tensão entre os dois partidos da coligação de governo, o OVP, de centro-direita e os Verdes. Rudolf Anschober, dos Verdes, ministro dos assuntos sociais, criticou a decisão, dizendo que se deveria ter encontrado uma solução humana para o caso.

Os colegas das jovens fizeram questão de marcar presença no centro de detenção onde ficam antes da viagem para a Geórgia. Diz um amigo de Tina: "Mesmo se ela não é austríaca no papel é um membro perfeitamente integrado na sociedade, com muitos amigos, boa aluna, com vida e família na Áustria, que não merece ser deportada para um país com o qual não tem qualquer relação".

Os tribunais rejeitaram os pedidos da família para ficar no país, até porque permaneceu quatro anos depois de ter sido considerada ilegal. Os defensores da família alegam que as autoridades não têm obrigação de expulsar ninguém, mesmo se não têm autorizações de residência.

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