Em Myanmar continuam os protestos contra o golpe militar enquanto se teme que o exército se esteja a preparar para intensificar a repressão.
Em Myanmar a situação continua a complicar-se. A internet voltou a estar cortada durante várias horas enquanto veículos blindados se posicionavam nas ruas de Rangum, a maior cidade do país.
Os protestos contra o golpe militar continuam e teme-se que o exército se esteja a preparar para continuar a reprimir a oposição.
A escalada da repressão é vivamente condenada pela ONU. O relator especial para os Direitos Humanos no país, Tom Andrews, diz que é como se os generais tivessem "declarado guerra ao povo" de Myanmar.
A líder eleita, Aung San Suu Kyi, continua em prisão domiciliária, acusada de importação ilegal de seis walkie-talkie e permanecerá detida até, pelo menos, quarta-feira altura em que será ouvida por um tribunal. A Nobel da Paz está a ser acompanhada por uma equipa jurídica.
Apesar da repressão, parece estar longe o fim dos protestos contra a junta militar que tomou o poder a 01 de fevereiro, altura em que o exército deteve vários dirigentes do país. Desde esse dia que se sucedem as manifestações em várias cidades do país com a tensão a aumentar e as forças policiais a recorrerem a canhões de água, entre outras coisas, para dispersar as multidões.