Investigadores russos e suecos sequenciaram ADN de um mamute com 1,2 milhões de anos
É um momento histórico para os estudos do ADN antigo.
Uma equipa de investigadores russos e suecos conseguiu sequenciar o ADN de mamutes que viveram há mais de um milhão de anos. O material genético foi recuperado de dentes preservados na Sibéria.
As amostras são mil vezes mais antigas do que os vestígios de Vikings e são anteriores até à existência de humanos e Neandertais. As análises mostram que o mamute que habitou a América do Norte durante a última era glacial era um híbrido e tinha uma linhagem genética até agora desconhecida. O estudo fornece ainda novos conhecimentos sobre a forma como os mamutes se adaptaram ao clima frio.
Anders Götherström, arqueólogo Universidade de Estocolmo acredita que este ainda não é o limite para os investigadores e que na Europa” é possível recuar ainda mais no tempo, antes dos Neandertais”.
É a primeira vez que se recupera o ADN de animais com mais de um milhão de anos. Até aqui, a amostra mais antiga era a de um cavalo que viveu entre 560 mil e 780 mil anos atrás.