Direita radical fora das contas para governo

Direita radical fora das contas para governo
Direitos de autor Peter Dejong/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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De  Ricardo FigueiraStefan de Vries
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O analista político entrevistado pela euronews não tem dúvidas sobre quem continuará a chefiar o governo neerlandês depois destas eleições.

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Os Países Baixos têm o hoje o último de três dias de eleições legislativas... nunca a escolha para os eleitores foi tão grande: Apresentam-se 37 partidos, desde os tradicionais a novas formações. Mas apesar de todas estas opções, ninguém tem dúvidas sobre quem vai ficar naquela torre, onde está o gabinete do primeiro-ministro. O cargo é ocupado desde 2010 por Mark Rutte, do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), que não se prepara tão cedo para o deixar.

"Em geral, o público está satisfeito com a forma como a crise do coronavírus tem sido gerida. Com certeza, tem havido algumas críticas, mas são pouco significativas. As pessoas acreditam que Mark Rutte é um bom gestor de crises, querem que ele fique até a crise acabar. Depois, vamos ver o que acontece", diz o analista Chris Aalberts, ouvido pela euronews.

Há quem não esteja de acordo com as políticas do governo de Haia, nomeadamente sobre o confinamento e já houve motins. Mas a maioria apoia as medidas.

O número dois nas sondagens é Geert Wilders. O líder da extrema-direita é deputado desde 1998, mas nunca fez parte de um governo. Aalberts explica: "O programa de Wilders é discriminatório para os muçulmanos e pessoas com um segundo passaporte. Diria que está escrito de forma a que ele nunca entre num governo e possa ficar na oposição, porque é o que prefere".

O programa de Geert Wilders está escrito de forma a que ele nunca entre num governo e possa ficar na oposição, porque é o que prefere.
Chris Aalberts
Analista político

Com Wilders de fora, Rutte terá de procurar parceiros de coligação entre os setores moderados: "Muitos preveem que este governo fique em funções um ano ou um ano e meio. Quando a crise acabar teremos verdadeiras eleições, porque estas não são eleições que vão decidir sobre os problemas que se avizinham. Por isso talvez estejamos outra vez a falar daqui a um ano ou dois", conclui o analista.

Parece certo que Rutte vai conseguir um quarto mandato consecutivo como primeiro-ministro. O que ninguém sabe é quanto tempo ficará no poder uma vez terminada a crise do coronavírus.

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