Embaixadas ocidentais denunciam "atos abomináveis" da Junta Militar
No noroeste do Myanmar, pelo menos oito pessoas perderam a vida, alvejadas pelas forças de segurança em novos protestos contra a Junta Militar.
Os manifestantes voltaram também à rua na maior cidade do país, Rangum, onde há relatos de um êxodo maciço.
A vizinha Tailândia diz esperar a chegada de milhares de pessoas, que fogem da violência.
Em desacordo com as autoridades, 34 polícias abandonaram os postos no Myanmar e procuraram refúgio na Índia.
"Depois [do golpe militar no Myanmar] ordenaram-nos que disparassemos contra as pessoas e mesmo contra as nossas próprias famílias, se não estivessem do lado do Exército. A polícia está sob o comando do Exército. Nós não podemos atacar o nosso próprio povo, e foi por isso que viemos para Mizoram", afirmava um dos polícias.
Várias embaixadas no Myanmar, incluíndo de países europeus, da União Europeia e dos Estados Unidos, denunciaram esta sexta-feira, num comunicado conjunto, os "atos abomináveis" da junta e exigiram o fim da repressão dos protestos e da censura à imprensa e na internet.