Vacinação nos Balcãs a diferentes velocidades

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De  Nara Madeira com EVN, AP
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Vacinação nos Balcãs a diferentes velocidades. Sérvia convida cidadãos dos países vizinhos a vacinarem-se em Belgrado.

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Foram milhares os estrangeiros que fizeram fila no principal centro de vacinação de Belgrado, a capital da Sérvia, depois das autoridades do país convidarem os cidadãos dos países vizinhos a vacinar-se, gratuitamente, no fim de semana.

Bósnia, Montenegro e Macedónia do Norte estão a debater-se por vacinas enquanto a Sérvia já doou uma parte das que tinha a estes países. 

Entrevistado à porta do centro de vacinação um cidadão da Macedónia do Norte explicava que no seu país não há vacinas: "Vim aqui para ser vacinado. Estamos muito gratos porque podemos ser vacinados mais rápido do que na Macedónia no Norte". Outro, vindo da Bósnia afirmava que para ele não há "nenhuma diferença se é Bósnia ou Sérvia. Não importa".

Os críticos do presidente sérvio dizem que estas doses estavam quase fora de prazo e que era preciso utilizá-las e acusam-no de se estar a autopromover. 

Mas na Macedónia do Norte o problema é mais grave como adiantava o ministro da Saúde Venko Filipce. O país teve de apoiar-se no mecanismo de Acesso Global às Vacinas da Covid-19, liderado pela Organização Mundial de Saúde:

"Obviamente, que as nossas expectativas quanto ao prazo de entrega não têm sido cumpridas visto que este envio chegou com várias semanas de atraso, mas tendo em conta a procura mundial de vacinas, tendo em conta que todos os países do mundo se deparam com este problema, parece-me bem que o sistema COVAX funcione como previsto".

Enquanto a Sérvia tem uma das maiores taxas de inoculação da Europa - principalmente graças à aquisição em larga escala de vacinas chinesas e russas, ainda que tenha comprado também Pfizer e AstraZeneca - a Bósnia recebeu 30 mil vacinas chinesas doadas pela Turquia. O país tinha recebido apenas 50.000 doses, até aqui.

Já a Albânia iniciou a campanha de vacinação em massa este domingo, após adquirir 192.000 doses da vacina chinesa, Sinovac. Até agora o país tinha vacinado 65.000 médicos, pessoas com 80 anos ou mais e professores.

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