27.° Aniversário do genocídio dos Tutsis no Ruanda

Relatório faz uma retrospetiva do envolvimento francês nos acontecimentos
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A violência extrema provocou a morte de mais de 800.000 tutsis e hutus moderados em cerca de 100 dias. O aniversário ocorre no mesmo dia em que França abriu ao público milhares de documentos, alguns deles confidenciais, relativos à situação no Ruanda entre 1990 e 1994.

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O Ruanda assinalou, esta quarta-feira, o 27° aniversário do início do genocídio dos tutsis com uma cerimónia em Gisozi, liderada pelo presidente Paul Kagame.

A violência extrema provocou a morte de mais de 800.000 tutsis e hutus moderados em cerca de 100 dias. Este é um dos piores massacres étnicos da história recente.

O aniversário ocorre no mesmo dia em que França abriu ao público milhares de documentos, alguns deles confidenciais, relativos à situação no Ruanda entre 1990 e 1994.

Estes são os arquivos do antigo presidente gaulês, François Miterrand, e do então primeiro-ministro Edouard Balladur.

No relatório que faz uma retrospetiva do envolvimento francês nos acontecimentos desses quatro anos, coordenado por Vincent Duclert e apresentado em março, o historiador afirmou que apesar de não se ter encontrado "nenhum documento francês que diga 'a minoria Tutsi deve desaparecer do Ruanda'" a verdade "é que a política francesa no Ruanda entre 1990 e 1993 fomentou as condições para o processo genocida." Os historiadores sublinham que apesar de François Mitterrand ter ignorado várias advertências, os documentos ilibam a França de cumplicidade no massacre.

As Nações Unidas assinalaram, também, o aniversário do genocídio. O secretário-geral, António Guterres, afirmou que o mundo tem de garantir que as lições de há 27 anos foram compreendidas e que dias como aqueles, que estão "entre os mais terríveis da história humana", nunca mais se repitam.

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