O interesse comercial da Superliga europeia

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Direitos de autor Kirsty Wigglesworth/Associated Press
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Adeptos multiplicam críticas, analistas mostram-se céticos, mas mercados estão otimistas face a novo projeto do "desporto rei"

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O cérebro financeiro responsável pelo projeto da Super Liga é o JP Morgan.

Segundo o Financial Times, o banco de investimento negoceia os detalhes com os clubes fundadores desde novembro do ano passado.

O gigante de Wall Street terá investido três mil e quinhentos milhões de euros na nova liga, que os clubes deverão reembolsar em prestações anuais de 264 milhões de euros.

Os membros da Super Liga estimam que os direitos televisivos da competição se elevarão a 4 mil milhões de euros. O presidente do Real Madrid é um dos grandes promotores do projeto.

Florentino Perez, presidente do Real Madrid e da Super Liga:"Se não for um ano, será no seguinte. Mas o que dá dinheiro, são os 15 clubes que se vão confrontar todas as semanas. É o maior espetáculo do mundo, não há nada igual, nenhum outro desporto pode reunir quatro mil milhões de espectadores."

O anúncio suscitou fortes críticas, mas os investidores acreditam que a ira dos adeptos europeus será compensada pelas receitas mundiais. Os analistas são mais céticos.

Dan Jones, Diretor do Sport Business Group, Deloitte:"Se percebi bem, é uma liga europeia que se joga a meio da semana, no serão, o que significa que será difundida na Ásia nas primeiras horas da manhã e na América a meio da tarde, sempre no meio da semana. Por isso tenho problemas em compreender o interesse económico e comercial."

Se o projeto se concretizar, a questão será realmente saber se o espetáculo será suficientemente aliciante para compensar a desconfiança dos adeptos tradicionais. A par com as críticas, as ações dos clubes implicados dispararam nos mercados bolsistas, que parecem assim confiar nas perspetivas comerciais deste novo formato do "desporto rei".

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