Consequências do aborto são subestimadas

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Estudo da revista médica Lancet pede reformulação abrangente dos cuidados médicos

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Em todo o mundo, o aborto espontâneo afeta uma em cada dez mulheres durante a vida. Segundo um estudo publicado pela revista médica Lancet, o fenómeno precisa de ser estudado, inclusive pelos profissionais de saúde. Os especialistas dizem que fatores como a etnia, a poluição e os padrões de trabalho influenciam o risco e pedem novas formas para abordar o problema.

Siobhan Quenby, professora de Obstetrícia na Universidade de Warwick e uma das autoras do estudo, conta que os investigadores ficaram muito surpreendidos ao descobrir que as mulheres negras têm um maior risco de aborto do que as mulheres brancas. Também descobriram que mulheres que trabalham muitas horas, especialmente em horários noturnos, estão mais associadas ao risco de aborto. Outra tema muito importante neste estudo foi a questão da poluição. “Muitos países europeus não registam as suas taxas de abortos espontâneos e isso é importante por todo o tipo de razões de saúde”, alerta Siobhan Quenby.

Uma nova série de 3 artigos publicada pela The Lancet desafia “muitos conceitos errados”.  Siobhan Quenby e Arri Coomarasamy, duas das autoras do estudo, sublinham que o impacto e as consequências do aborto são subestimados e que existe uma "atitude de aceitação". Os especialistas apelam a um repensar completo da narrativa em torno do aborto espontâneo e pedem uma reformulação abrangente dos cuidados médicos, particularmente do acompanhamento psicológico oferecidos às mulheres e às famílias.

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