Venezuelanos são força política em crescimento em Espanha

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Comunidade venezuelana é muito "participativa e ativa" e está a crescer em Espanha. Nas eleições autonómicas de Madrid, já têm algum peso.

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A comunidade venezuelana começa a ganhar importância na democracia espanhola. Gustavo Eustache, millitante do Partido Popular em Madrid, é o exemplo do empenho de alguns venezuelanos no processo eleitoral. Está motivado a lutar pela vitória do PP nas eleições autonómicas de Madrid.

"O facto de percebermos que temos que sair e ganhar para proteger a nossa liberdade, a nossa prosperidade e o nosso futuro, é o que nos mobiliza, porque no nosso país perdemos tudo", explica.

Académicos, como Joan Carles Pamies, da Universidade Autónoma de Madrid, garantem existir uma elevada participação eleitoral venezuelana. "Apenas 1 em cada 4 venezuelanos não participam nestas eleições e 70% vão, certamente, votar à direita", garante.

Em Espanha 40 000 mil venezuelanos têm direito de voto mas existem 122 mil residentes. O poder eleitoral aumentará assim que adquirirem a nacionalidade.

"É uma aposta no futuro, estamos a falar de um por cento, hoje, mas podemos crescer entre 2, 3 ou 4% da comunidade de Madrid e nos tornarmos uma força importante. Estamos a falar do facto de que os venezuelanos gostam de exprimir as suas ideias e sair às ruas", conta Enrique Lahuerta, vice-presidente do Business Club España venezuelano.

Anamaría González Oxford, ex-chefe da campanha da oposição venezuelana, diz existir uma "massa crítica que pode agir a seu favor e que é preciosa, porque não vai traduzir-se num voto venezuelano, mas sim em mais 10 votos".

Apesar da esquerda ainda não se ter voltado para a comunidade, Anamaría González Oxford acredita que há espaço para ganhar o voto venezuelano no futuro. "Precisamos de alguém que se sente e explique as diferenças entre a esquerda e a direita europeias, algo que não é idêntico na Venezuela ou o que nos foi imposto na Venezuela", diz.

O repórter da Euronewsm Juan Carlos de Santos, diz que "os cerca de 25 mil votos venezuelanos podem servir para ganhar entre um ou dois assentos na Assembleia de Madrid, nestas eleições. Importante, tendo em conta a disparidade de resultados nas sondagens. Se a tendência de crescimento se confirmar podem ir até quatro assentos nas eleições seguintes. São agora a segunda maior força eleitoral latino-americana em Espanha mas podem tornar-se na primeira", acrescenta.

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