Biden centra discurso dos 100 dias de mandato no bem-estar social

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Tornar a crise em oportunidade, contratempo em força e perigo em possibilidade. Palavras de Joe Biden no tradicional discurso dos primeiros 100 dias do presidente norte-americano. Biden garantiu que os Estados Unidos vão reergue-se como uma nova nação e prometeu um novo plano de ajuda de 1,8 bilhões de dólares, um investimento nos jovens nas famílias e educação para ajudar a reconstruir uma economia impactada pela pandemia. A aposta é o bem-estar social

"O plano das famílias americanas irá proporcionar até 12 semanas de licença remunerada e licença médica familiar. Ninguém deve ter de escolher entre um emprego, um cheque e tomar conta de si ou dos familiares, do cônjuge ou do filho", declarou.

O Presidente recordou a promessa cumprida de ajuda do congresso. "Mantivemos o nosso compromisso, Democratas e Republicanos, de enviar cheques de ajuda de 1400 dolares para 85 por cento dos lares americanos e já enviámos mais de 160 milhões de cheques... faz a diferença", salientou.

Biden não deixou de lado os desafios da transição energética limpa aliada à promoção do emprego.

"O plano de emprego americano irá criar postos de trabalho para colocar milhares de quilómetros de linhas de transmissão energética necessárias para construir uma rede resiliente e totalmente limpa (...) Criar empregos, construindo uma rede elétrica moderna. Durante demasiado tempo, não usámos a palavra mais importante quando se trata de enfrentar a crise climática: empregos, empregos, empregos", disse Biden num senado meio vazio face à pandemia e, pela primeira vez na história, com duas mulheres nas suas costas - a vice-presidente Kamala Harries e a presidente da camara dos representantes, Nancy Pelosi. 

Biden sabe que o tempo é precioso para colocar em prática as suas ideias. A maioria de um voto na câmara alta, é mínimo e pode desaparecer nas eleições intercalares para o Congresso.