Peritos alertam para o fenómeno e residentes pedem ajuda e acusam autoridades de inação
As zonas costeiras britânicas têm assistido a um aumento no número de derrocadas. Um fenómeno que, segundo os peritos, é acelerado pelas alterações climáticas. Num dos últimos incidentes, em Nefyn, no norte do País de Gales, 40 metros de falésia abateram-se sobre a praia.
Com as casas em risco, os habitantes das áreas mais próximas das falésias multiplicam os apelos às autoridades, incapazes de oferecer soluções.
As áreas com terrenos particularmente arenosos são as que representam um maior risco face à erosão acelerada pelos efeitos das alterações climáticas, como no caso de Happisburgh, no leste de Inglaterra, palco de outra derrocada recente.
O problema repete-se noutras partes do país, como em Seaton, no sudoeste de Inglaterra, onde as falésias têm perdido em média dois metros por ano, nos últimos anos, o que já obrigou a demolir 30 casas, compensando financeiramente os seus residentes.
Os residentes queixam-se de que só as áreas turísticas têm sido protegidas, exigindo mais recursos para lidar com o problema e acusando o governo e autoridades locais de inação.