Gestão da pandemia e do Brexit desempenham um papel importante nas eleições locais desta quinta-feira no Reino Unido
Nicola Sturgeon joga uma cartada decisiva para a independência da Escócia nas eleições locais desta quinta-feira no Reino Unido. Uma vitória clara do partido da primeira-ministra escocesa fará renascer a discussão em torno de um referendo para terminar três séculos de ligação a Londres. Um sonho chumbado na consulta popular de 2014, em boa parte devido ao receio de serem obrigados a sair da União Europeia, mas desde então o cenário político mudou radicalmente e o referendo volta a estar na agenda política dos nacionalistas.
Na capital do Reino, ao invés, não se preveem revoluções e Sadiq Khan é o favorito à reeleição. De acordo com as sondagens, a única dúvida é saber se será reeleito com ou sem maioria absoluta. A corrida eleitoral marca a ascensão de uma nova classe de políticos e à semelhança do autarca londrino, também o seu principal adversário, Shaun Bailey, cresceu num bairro social da capital inglesa.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, exerceu o direito de voto no bairro de Westminster. Apesar de não estar diretamente envolvido, o chefe de governo não deixa de ser parte interessada no escrutínio. Estas eleições locais acabam por servir como um barómetro à atuação do governo nos temas decisivos dos últimos anos.
Esta é a primeira oportunidade para os eleitores britânicos se manifestarem nas urnas desde as eleições gerais de 2019, uma vitória categórica para os Conservadores de Boris Johnson. Agora é a sua gestão do Brexit e da pandemia que está em causa. Há várias questões locais a marcar as eleições mas os partidos nacionalistas mantêm-se na expectativa. Um mau resultado para os dois grandes partidos, Conservadores e Trabalhistas, pode colocar em causa a sua liderança.