Investigadas denúncias de escravatura laboral em Odemira

Elementos da GNR junto ao complexo Zmar em Odemira
Elementos da GNR junto ao complexo Zmar em Odemira Direitos de autor NUNO VEIGA/ 2021 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
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Vários trabalhadores dedicam-se à agricultura intensiva

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A polémica relacionada com os cerca de 50 imigrantes em situação de alegada escravatura laboral, realojados na madrugada desta quinta-feira em dois espaços de Odemira, promete fazer correr muita tinta.

Alguns proprietários de casas no complexo turístico Zmar Eco Experience, onde foram instaladas cerca de 30 pessoas, avançaram com uma providência cautelar.

Apesar de se mostrarem solidários, criticam a falta de diálogo e o facto de os imigrantes não terem sido colocados em lugares pertencentes ao Governo.

Em 2020, o município de Odemira contava, de acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com mais de 9600 imigrantes legais. Grande parte vem do Nepal e Índia para trabalhar na agricultura intensiva, em empresas geridas por europeus, como explicou o empresário indiano Kishore Kumar: "Em Portugal, os estrangeiros da Índia, do Paquistão, do Nepal e do Bangladeche apoiam a agricultura. No campo o trabalho é muito duro, mas estão a receber salários muito, muito baixos."

A estes dados há que somar denúncias de escravatura, tráfico humano e auxílio à imigração ilegal. Alguns trabalhadores relatam condições próximas de trabalho forçado e precárias.

Muitos vêm aliciados por melhores condições de vida, mas acabam enredados num ciclo de miséria que gera miséria.

Um fenómeno que a propagação da Covid-19 na região colocou em evidência.

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