Concertos e festivais incertos na Hungria

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Com os números da covid-19 a alarmar o país, o governo húngaro ainda não deu diretivas para o regresso dos espetáculos ao vivo. Sem poder planear o verão, grandes eventos foram já cancelados.

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Com o verão a aproximar-se, é ainda incerto se os típicos concertos e festivais da época estival vão ter lugar na Hungria. Após o país, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, ter registado o maior número de mortes por covid-19 do mundo por cada 100 mil habitantes, a Euronews tentou saber os planos do governo. 

Em resposta a uma questão colocada através da porta-voz do executivo ao ministro do gabinete do primeiro-ministro, Gergely Gulyas disse que só depois de serem administradas cinco milhões de vacinas é que será possível voltar a haver espetáculos ao vivo.

Mas sem tempo e mais certezas para planear, alguns dos maiores eventos foram já cancelados.

Natalia Oszko-Jakab, copresidente da Fundação para o Programa Turístico da Hungria, revela que eventos como o Festival Sziget, o Balaton Sound ou o Festival Fezen "cancelaram a edição deste ano e deram origem a eventos mais pequenos". No entanto, a organização espera "que seja realmente possível organizar festivais, pelo menos com um certificado de imunidade contra a covid".

A incerteza também afeta os músicos. Por esta altura, a banda de Szabolcs Árkosi teria já o verão repleto de concertos agendados, mas por agora, o músico vai permanecer a trabalhar numa loja de roupa.

"De acordo com os organizadores dos festivais e com base na minha experiência dos anos anteriores, a maioria dos festivais é totalmente planeada em março e os artistas são selecionados. Agora, este ano, ninguém sabe muito bem como vai ser", lamenta.

A incapacidade de realizar concertos é visível. Kobuci Kert, um dos locais mais populares em Budapeste, está agora vazio.

Gabor Kaszap, diretor executivo do espaço, diz que, neste momento, "há muitos cenários, mas não temos nada a que nos ajustar, não sabemos quais são as intenções [do governo], quando ir, em que circunstâncias realizar um concerto. O nosso programa está fechado, tentamos reorganizá-lo com duas ou três semanas de antecedência, para coordenar com as bandas. Mas se não for agora, então quando? Em que circunstâncias? A incerteza é o pior neste momento''.

Organizadores e músicos aguardam que o governo anuncie não só uma data para a reabertura, mas também as condições para a a realização de festivais e concertos no país.

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