Tranquilidade regressa à mesquita de Al-Aqsa

A aparente tranquilidade que este sábado reinou durante a oração em Al-Aqsa, não deixaria adivinhar os tumultos horas antes na mesquita de Jerusalém.
O espaço de culto, que é o terceiro mais sagrado para os muçulmanos, é também local de adoração para os judeus.
Esta sexta-feira, após as orações na mesquita, a noite foi marcada por confrontos entre palestinianos e forças de segurança israelitas que resultaram em mais de 200 feridos.
A violência eclodiu depois da escalada de tensão nas últimas semanas, em que Israel restringiu o acesso de muçulmanos a partes da Cidade Velha durante o Ramadão e ameaçou despejar quatro famílias palestinianas em Jerusalém Oriental para dar lugar a colonos judeus.
Contra pedras, garrafas e foguetes, imagens de vídeo mostram forças israelitas na praça da mesquita a investir contra o interior do edifício, onde uma multidão de muçulmanos, entre os quais mulheres e crianças, estavam a rezar.
O Alto Comité de Acompanhamento para os Árabes em Israel apelou a uma manifestação de solidariedade com os palestinianos, este sábado.
Os Estados Unidos, um forte aliado israelita cujo tom foi, no entanto, endurecido na presidência de Joe Biden, disseram estar "extremamente preocupados" com os acontecimentos e instaram ambas as partes a "evitar medidas que exacerbem as tensões ou nos afastem mais da paz".
Já a União Europeia exortou as autoridades "a agirem urgentemente para desanuviar as atuais tensões em Jerusalém", afirmando que "a violência e o incitamento são inaceitáveis e os perpetradores de todos os lados devem ser responsabilizados".