Violentos confrontos entre palestinianos e polícia israelita fazem cerca de 300 feridos em Jerusalém Oriental. União Europeia condena violência e apela à paz.
É o escalar da violência em Jerusalém Oriental. Palestinianos e polícia israelita envolveram-se na manhã desta segunda-feira em violentos confrontos.
Segundo o serviço de emergência do Crescente Vermelho, cerca de 300 pessoas ficaram feridas e mais de duas centenas tiveram de ser levadas para os hospitais.
Grande parte dos tumultos ocorreu na Esplanada das Mesquitas, um local sagrado para muçulmanos e judeus.
As forças de segurança israelitas recorreram a gás lacrimogéneo, granadas atordoantes e balas de borracha para dispersar centenas de palestinianos que atiravam pedras e outros objetos.
Os confrontos desta segunda-feira ocorrem após semanas de tensões crescentes entre palestinianos e israelitas na Cidade Velha de Jerusalém, em parte alimentadas por um plano de despejo num bairro árabe, onde colonos israelitas travaram uma longa batalha legal para tomar posse das propriedades.
A União Europeia mostrou-se preocupada com o escalar da violência, nos últimos dias.
Esta segunda-feira, antes de entrar para o Conselho de Negócios Estrangeiros que decorre em Bruxelas, o chefe da diplomacia portuguesa apelou "a todas as partes em Jerusalém para que haja um recuo, para evitar qualquer tipo de violência. A violência é inimiga da paz." Augusto Santos Silva sublinhou que é necessário o apoio dos moderados "para tentar tomar o controlo da situação e tentar evitar e combater qualquer tipo de violência".
As tensões podem, ainda, exacerbar-se. Esta segunda-feira celebra-se o Dia de Jerusalém, estando prevista uma marcha pela cidade onde irão participar ultranacionalistas judeus.
O Conselho de Segurança da ONU reúne-se esta segunda-feira para debater a questão.