Confrontos entre polícia israelita e palestinianos fazem dezenas de feridos em Jerusalém Oriental. Autoridades preparam-se para mais tumultos esta segunda-feira
Jerusalém Oriental foi palco de confrontos entre palestinianos e a polícia israelita, pela terceira noite consecutiva.
Dezenas de pessoas ficaram feridas.
Os tumultos ocorreram apesar do Supremo Tribunal de Israel ter adiado a decisão sobre o despejo de mais de 70 palestinianos de um bairro da Cidade Santa.
Teme-se que os tumultos voltem às ruas pois está prevista, para esta segunda-feira, a Marcha anual do Dia de Jerusalém onde se prevê a passagem se jovens sionistas por zonas muçulmanas. (O evento assinala a captura de Israel de Jerusalém Oriental, e dos locais sagrados, em 1967.)
A passeata é considerada por muitos palestinianos como uma provocação.
Depois de uma reunião do Conselho de Ministros, Benjamin Netanyahu, sublinhou que Israel não permitirá "que nenhum elemento radical prejudique a calma em Jerusalém." Será imposta "de forma decisiva e responsável, a lei e a ordem." O primeiro-ministro israelita defendeu que a liberdade de religião, para todas as religiões, continuará a ser mantida, mas não serão permitidos "tumultos violentos" e deixou um aviso: "Israel reagirá com força a cada ato de agressão proveniente da Faixa de Gaza".
Nos últimos dias, centenas de pessoas ficaram feridas em confrontos perto da mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha.
A violência crescente mereceu o repúdio de vários países e organizações internacionais.
A União Europeia, os Estados Unidos da América e as Nações Unidas incitaram Israel a travar a expansão dos colonatos.
A vizinha Jordânia, guardiã dos locais sagrados muçulmanos em Jerusalém Oriental, condenou as ações da polícia israelita, classificando-as como "bárbaras".
Centenas de jordanos manifestaram-se, no domingo, em Amã em protesto contra Israel e exigindo a deportação do embaixador israelita.