Produção comunitária de energia em Itália

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Escola de Nápoles implementa projeto ambiental e fornece energia a 40 famílias

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Painéis solares e crianças na escola: não são uma associação habitual, mas estes dois elementos estão no centro de um projeto que visa dar nova vida a áreas desfavorecidas na periferia de Nápoles.

Mais de cem crianças desta zona, marcada pelo crime, frequentam, todos os dias, este instituto depois da escola para assistirem a cursos de fotografia e teatro e para praticarem desporto.

No telhado, um sistema de painéis fotovoltaicos fornece energia gratuita a 40 famílias da área. Esta é a primeira experiência deste tipo de comunidade de energia pública, no sul de Itália.

A presidente da Fundação "Família de Maria", Anna Riccardi refere que este "tinha de ser o primeiro lugar de onde saía um elemento concreto de transição ecológica, de que todos falam." Riccardi conta que foi criada aqui "a possibilidade de reunir a educação ambiental e o impacto real sobre uma comunidade".

"As escolas são pontos de referência essenciais nos subúrbios degradados. Não fornecem apenas educação às crianças, atuam como o centro de toda a comunidade, mas esta escola foi ainda mais longe: fornecendo energia gratuita às famílias carenciadas".

O engenheiro ambiental Giuseppe Esposito sublinha a importância do projeto, "não só em termos de produção de energia, mas também em termos ambientais. São de mais de 65.000 kw/h por ano, o que significa evitar a dispersão de mais de 30 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, por ano".

Uma moradora, Assunta Formicola, refere que o projeto pode ajudar a diminuir a poluição atmosférica e a criar "um ambiente melhor e mais limpo" para todos.

A ambientalista Grazia Fiorino, da Legambiente, acredita que este é "um modelo de produção de energia renovável, que está associado a atividades sociais nesta zona, em colaboração com a comunidade local: isto não é apenas uma conversão ambiental, mas também uma revolução social e cultural".

Uma revolução a partir do zero, passos reais dados por pessoas que não se consideram periféricas e que preparam o caminho para uma sociedade mais sustentável e igualitária.

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